Diretor da ACISA participa do Fórum E-commerce Brasil 2018
Amor e ódio: muitas vezes, é assim o relacionamento das micro, pequenas e médias empresas de e-commerce com o marketplace. Fato é que existem prós e contras nesse modelo de negócios, como em qualquer outro canal.
Para ser bem-sucedido nessas grandes plataformas, é preciso planejamento, conhecimento sobre o próprio produto, domínio do processo de vendas e ciência sobre o peso dessa parceria nos resultados da empresa.
Em debate realizado no auditório para Pequenos Negócios do Fórum E-commerce Brasil 2018, Vanessa Ferraz, head de Marketing e E-commerce da Emcompre, e Mauro Tschiedel, CEO da Usinainfo, falaram sobre os prós e contras do marketplace.
ESTRATÉGIA
Ferraz destacou que é importante não “colocar todos os ovos numa cesta só”. Na sua opinião, utilizar esse meio depende da estratégia, do produto, do nicho e do momento de cada empresa.
“Quando há uma estratégia focada em marketplace, com produtos bons, preços, fotos boas, frete [planejado], é possível, sim, ter bons resultados”, disse. “Além disso, esse modelo oferece a vantagem de ter mídia e a exposição de marca, o que deve ser levado em conta no momento de montar a estratégia de vendas.”
PARCEIROS
“É preciso entender qual a estratégia da indústria que te fornece, se ela respeita a cadeia ou não”, recomendou Tschiedel. Já Ferraz acrescentou que o cenário está mudando e os marketplaces estão procurando as indústrias para começar a vender diretamente ao consumidor final.
LABORATÓRIO
“Marketplace é um laboratório maravilhoso para checar se o seu produto vai vender e se o seu negócio pode dar certo na internet”, destacou Tschiedel. Para a sua colega de palco, entretanto, “não se pode acreditar que essa plataforma vai ser a solução para qualquer negócio, pois envolve muitos riscos, e é preciso ficar atento a eles”.
O CEO enfatizou a importância de ter a ciência do próprio preço e não simplesmente precificar com base no concorrente. “Se perceber que o marketplace não dá dinheiro naquele momento, não adianta insistir.”
ATENDIMENTO X TECNOLOGIA
Baseado nas suas experiências, Mauro Tschiedel afirmou que, no que diz respeito à tecnologia, o marketplace funciona muito bem, mas o lado humano, que se traduz em atender com qualidade até mesmo os pequenos clientes, ainda deixa a desejar.
Segundo Vanessa Ferraz, o marketplace evoluiu bastante nos últimos anos. Porém, muitas vezes, ainda é difícil ser atendido dentro dessas grandes plataformas. “Mas se a empresa tem produto, preço adequado e apresentar boas oportunidades, eles [marketplace] vão te ouvir.”
Fonte: Marina Rodriguez, especial para o E-Commerce Brasil – https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/