ACISA repudia o novo aumento de impostos
A velha prática de aumentar impostos para sanar as contas públicas volta à cena no Brasil. Não bastasse o caos político e a consequente recessão gerada na economia do País pela irresponsabilidade fiscal dos governantes e os graves casos de corrupção, agora os setores produtivos, que já enfrentam sérias dificuldades para manter os postos de trabalho e continuar produzindo, estão novamente sob a ameaça da oneração de tributos, justamente neste momento em que o País começava a esboçar uma leve reação. A intenção do Governo Federal de aumentar as alíquotas de PIS/COFINS sobre combustíveis e até outros impostos para cumprir a meta fiscal é uma afronta aos cidadãos brasileiros.
Historicamente a ACISA sempre se manifestou contrária à criação e aumento de tributos. Para a entidade, que representa os setores empresariais e defende à livre iniciativa, o modelo de gestão pública no País precisa urgentemente de mudanças.
A presidente da Federasul, Simone Leite, também se manifestou, repudiando o novo aumento de impostos. “Por decreto, o governo decide aumentar as alíquotas de PIS/COFINS sobre os combustíveis para cobrir o rombo, o que vai aumentar os preços e a inflação. A técnica já é antiga. Aumentar impostos cada vez que as contas não fecham sem tomar medidas internas para ajustar suas contas ou fechar as torneiras dos recursos mal concedidos. Este aumento vai atingir todos os brasileiros, porque aumentará os custos de toda a cadeia produtiva que é baseada nos combustíveis”, explica.
A presidente da Federasul acrescenta ainda que “teremos um festival de aumentos em todos os setores. Nossa economia já sofre com a crise econômica intensificada pela crise política e agora o governo, o principal responsável por esta situação, vem buscar mais recursos numa sociedade vítima de gestões nada republicanas. Precisamos reduzir o tamanho do estado para caber na conta,” finaliza Simone Leite.
Por meio de notas oficiais, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e as Federações das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e do Estado de São Paulo (FIESP) informaram que a medida atrasará a recuperação da economia e que o governo deveria ter buscado outras formas de equilibrar as contas públicas e garantir o cumprimento da meta fiscal para este ano.
Para o presidente da ACISA, Douglas Ciechowiez, “o aumento dos impostos recai sobre a sociedade, que já está sufocada com milhões de desempregados, falta de crédito e sem condições gerais de consumo. O governo deveria concentrar-se no corte de gastos e na melhoria de gestão do Estado. A medida provoca prejuízos tanto para o consumidor como para as empresas. A elevação dos tributos provoca o aumento dos custos das empresas e reduz o poder de compra das famílias, o que prejudica o crescimento da economia”.
Douglas Winter Ciechowiez
Presidente da ACISA